Wei-Chen, sucessor de Fa-Yen.
Wei-Chen (968-1049), respondendo a um monge que lhe indagava por que nunca falava sobre o Zen, exprimiu bem essa tensão interrogativa que diz mais da serenidade que do quietismo:
‘‘Por que desperdiçar palavras? Ademais, sou muito preguiçoso para lançar mão de métodos de apresentação engenhosos. Assim, apóio-me nos eternos fenômenos da natureza para expor e representar, dia e noite, as eternas verdades do Tch’an.”
Um haicai japonês (ver a sexta pane) traduz esplenc damente essa compreensão imediata, súbita, da natureza indistinta do ser, oriunda da contemplação:
A noite longa
0 rumor da água
Dizem o que penso
Gochiku
Texto extraído de “O Zen” de Jean-Michel Varenne