Hsüe-tou (1105-1192)

Transmissão de Tsung-chüeh
Transmissão para T’ien-t’ung Ju-ching

O Quadragésimo-nono Patriarca.


Transmissão de Tsung-chüeh
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49. De Tsung-chüeh para
Hsüe-tou

Vários monges, entre eles Hsüe-tou,aguardavam o mestre Tsung-chüeh no salão do templo. Ao entrar, o mestre
diz:

Tsung-chüeh: O
Buddha possui um corpo secreto, não um ensinamento secreto. Mas este corpo não
era secreto para Mahakashyapa, que sorriu, nem é secreto para o olhar de
qualquer ser vivo, pois brilha sempre e em todo lugar, uma lua cheia no céu de
outono, totalmente nua e não-obscura.
Hsüe-tou [chorando]: Por que
eu nunca tinha encontrado este mistério antes? Podemos manifestar o corpo de
Buddha, aqui e agora, para a iluminação instantânea de todos os seres. Que
ensinamento inesperado é este?

Algum tempo depois, o mestre Tsung-chüeh
chamou o monge Hsüe-tou em seus aposentos e perguntou:

Tsung-chüeh: O
que fez você chorar tão intensamente?
Hsüe-tou: O corpo secreto de
Buddha não é secreto para Mahakashyapa!
Tsung-chüeh: Você foi
profetizado pelos antigos sábios.

Para Hsüe-tou, o corpo secreto do Buddha
também deixou de ser secreto, realizando o caminho.



Transmissão para Ju-ching
1

50. De Hsüe-tou para
Ju-ching

Aos 17 anos, Ju-ching trocou o estudo de
filosofia pela prática da meditação. Seu mestre, Hsüe-tou, freqüentemente
perguntava “como é possível limpar o espelho que nunca ficou sujo”. Um dia, o
mestre pediu que Ju-ching se libertasse da limpeza e da clareza. Dias depois,
Ju-ching foi até o mestre Hsüe-tou e lhe disse:

Ju-ching:
Venerável mestre, agora posso responder.
Hsüe-tou: Diga
imediatamente.
Ju-ching: Eu sou o espelho que nunca ficou sujo. Não
há mais impulsos para limpar ou clarear.

Logo depois desta transmissão, Ju-ching
fez uma reverência ao mestre e foi limpar a latrina do monastério.


  1. Extraído de www.dharmanet.com.br



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