Tao-hsin



Tao-hsin (580-651)
Daoxuan (Tao-hsuan, Dosen, Dayi Daoxin)
O Trigésimo-Primeiro Patriarca
Quarto Patriarca chinês


Referências
Por Gary L. Ray
Transmissão de Seng-ts’an
Transmissão para Hung-jen
Linhagem


Referências2
, 596-667. Em outra fonte como Dayi Daoxin (Dai’i Doshin), 580-651
Fundador da Escola Risshu (de Preceitos) chinesa.
Transmitiu o Dharma para:

  1. Hung-jen Gunin (601 – 674)
  2. Fa-jung Hoyu (594 – 657)


Por Gary L. Ray
O Ch’an começa a florescer criativamente com a criação de um novo estilo de ensino, criado por Tao-hsin e continuado por seus sucessores. Este estilo de um Ch’an monástico continua até os presentes dias e é resumido em uma lista de regras conhecidas como as “regulamentos puros”.

Os “regulamentos puros” incluem quatro pontos principais de prática que fixa o Ch’an como uma comunidade separada de outras seitas de budismo.

Estes pontos incluem:

  1. As escrituras eram para ser estudadas no seu significado espiritual mais profundo e não para ser tomada literalmente.
  2. O Ch’an é uma prática espiritual para todo mundo.
  3. Atividade de qualquer tipo é meditação.
  4. A comunidade é independente – criando seus próprios recursos, como a produção de alimentos.

Embora alguns estudiosos debatam se o “regulamentos puros” foram originados neste período, estas tendências são notáveis nas histórias e documentos do Ch’an dos 6° e 7° século.

Com a prática Ch’an definida e realizada, e a emergência de uma unificada e estável dinastia T’ang, as próximas gerações de estudantes tiveram uma base em que fundamentar suas próprias idéias e ensinamentos.

Durante o período de vida de Tao-hsin, emergiu a disputa entre a iluminação súbita e a iluminação gradual. Embora Tao-hsin tenha sido um proponente do esclarecimento gradual, gerações posteriores continuaram o debate e novas escolas começaram a emergir baseado nas diferenças das doutrinais. A posição do Tao-hsin é resumida em seu trabalho “Os Cinco Portões” de Tao-hsin:

Saiba isto: Buda é a mente. Fora da mente não existe nenhum Buda. Resumindo, ele inclui os seguintes cinco pontos:
Primeiro: A base da mente é essencialmente una com a Buda.
Segundo: O movimento da mente produz o tesouro da Dharma. A mente se move ainda que esteja tranqüila; torna-se turva e ainda permanece como é.
Terceiro: A mente é desperta e nunca cessa; a mente desperta está sempre presente; o Dharma da mente desperta é sem forma específica.
Quarto: O corpo está sempre vazio e silencioso; interior e exterior, são um e o mesmo; o corpo está no mundo de Dharma, por isso não é afetado.
Quinto: Mantendo a unidade sem perder-se — estando presente tanto no movimento como no resto, podemos ver a natureza de Buda claramente e entrar no portão do samadhi.

Tao-hsin teve dois estudantes proeminentes:
Fa-jung, que começou o que é agora conhecido como a Escola de Oxhead
e seu sucessor Hung-jen.

Ver O Desenvolvimento e o declínio da Escola Ch’an do Norte



Transmissão de Seng-ts’an1
31. De Seng-ts’an para
Tao-hsin

Com apenas 13 anos de idade, Tao-hsin recebeu a transmissão do mestre Seng-ts’an:

Tao-hsin: Por favor, mestre sagrado, demonstre-me sua grande compaixão, apontando diretamente o ensinamento libertador sobre o vazio.
Seng-ts’an: Quem ou o que está te aprisionando?
Tao-hsin: Ninguém nem nada me aprisiona.
Seng-ts’an: Então, por que você considera o ensinamento do vazio como um ensinamento libertador? Por que você procura a libertação no lugar original? Já que ninguém está realmente preso, como a libertação pode ser demonstrada?

Subitamente, o jovem Tao-hsin realizou a liberação.



Transmissão para Hung-jen1
32. De Tao-hsin para
Hung-jen

Um velho peregrino foi até o mestre Tao-hsin para pedir a transmissão, e o mestre respondeu:

Você é tão venerável em idade que, se eu te transmitisse o Dharma agora, você não poderia ensiná-lo por muito tempo. Por favor, volte mais tarde, vou esperá-lo.

O velho peregrino partiu e encontrou uma jovem, muito religiosa, que estava lavando roupa em um rio. O peregrino perguntou a ela sobre alojamento, e a jovem foi consultar seus pais. Ao retornar, ela encontrou o peregrino morto e, meses depois, descobriu que estava milagrosamente grávida.

Ninguém acreditou no que tinha acontecido. Quando seu filho nasceu, ela tentou abandoná-lo no rio, mas uma semana depois, ele ainda continuava lá, saudável e radiante. Passaram a viver como mendigos, sem lar e sem família; o menino passou a ser conhecido como sem nome.

Quando tinha 7 anos de idade, ele foi encontrado pelo mestre Tao-hsin.

Tao-hsin: Qual é o seu nome?
Sem nome: Eu sou essência, não nome.
Tao-hsin:
Essa essência que você é, possui nome?
Sem nome:
Despertar.
Tao-hsin:Despertar é o seu nome?
Sem nome: Eu sou sem nome.

Depois desta transmissão, o menino sem nome passou a ser chamado de Hung-jen.

    Fontes:

  1. www.dharmanet.com.br
  2. “Ensinos do Mestre Zen Anzan Roshi”(texto compilado pelo Ven. Jinmyo Fleming ino e traduzido ao Português por Claudio Miklos.


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